quarta-feira, 27 de julho de 2011

JESUS DE NAZARÉ DE FACTO EXISTIU?



Introdução
Actualmente, a abordagem Cristológica verifica uma vasta diversidade acerca do Evento Cristo. E «o primeiro problema que deve ser resolvido por todo aquele que se propõe a tratar da Pessoa de Cristo é o que diz respeito à sua existência histórica» (D. Grasso, O Problema de Cristologia, Edições Loyola, São Paulo, 1967, p. 37). Partindo destas palavras de D. Grasso, propomo-nos falar do Jesus Histórico, focalizando mais a Sua existência histórica. O objectivo do trabalho não é resolver o problema como o autor afirma. Mas, compreender o assunto em epígrafe, procurando entender as várias opiniões sobre o mesmo.
Jesus de Nazaré de facto existiu?
Diante desta pergunta: “Jesus de Nazaré de facto existiu?” muitos cristãos, assim como os adeptos de outras confissões religiosas e até mesmo os ateus, não têm tido respostas claras sobre a questão. Uns dizem que «Jesus é só uma ideia pregada pelos evangelizadores» (CALVO, A., A. RUIZ, Para Conhecer a Cristologia, Editorial Perpétuo Socorro, Porto, 1992, p.34). Outros, consideram Jesus como «puro mito» (Ibdem, p.34). Entretanto, a verdadeira resposta sobre a pergunta é Sim, ou seja, verdadeiramente «Jesus de Nazaré não é um mito. A Sua história pode ser datada e localizada» (Ibdem, p.34). Quem assim responde é R. Bultmann, um dos severos críticos das fontes Evangélicas. Para ele, «o objectivo do tema será procurar traduzir em datas concretas do nosso calendário a expressão imprecisa "naquele tempo"» (Ibdem, p.34). Com a resposta de Bultmann, a inquietante pergunta relativa à existência de Jesus ficou resolvida. Pois, depois dele, inúmeras pesquisas foram feitas e comprovaram que Jesus de Nazaré de facto existiu e a sua existência é comprovada pelos documentos mais antigos de autores não cristãos para além dos Evangelhos.


As fontes
Segundo Grasso, «prescindindo da narração Evangélica, os documentos mais antigos que falam da figura do Evangelho temos: a) Antiguidades judaicas, de José Flávio (93-94 d. C), nas quais ele fala de João Baptista e de Tiago irmão de Jesus» (op, cit., p.34).
b) A Carta de Plínio a Trajano, onde se encontram referências sobre Jesus.
c) Tácito, nos seus Anais, nos quais ele afirma o propósito do Cristianismo que seu autor é «um certo Cristo, supliciado, sob o Império de Tibério, pelo procurador Pôncio Pilatos» (Ibdem, p.34),
d) Vita di Claudio, escrita Por Suetónio por volta do ano 120 d.C, onde o Imperador «expulsou de Roma os judeus em constantes agitações por causa de "Cresto". Palavra "Cresto" está em lugar de Cristo» (DUQUOC, C. Jesus, homem livre, Edições Paulinas, São Paulo, 1975, p.94). Mediante estes documentos de autores não cristãos, pode-se evidenciar a existência histórica de Jesus.
Conclusão


Bibliografia
CALVO, A., A. RUIZ, Para Conhecer a Cristologia, Editorial Perpétuo Socorro, Porto, 1992.
GRASSO, D., O Problema de Cristologia, Edições Loyola, São Paulo, 1967.

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